16 de julho de 2009

O Sonho virou pesadelo?



5 anos, 34 milhões de dólares foi o valor de contrato que o Dallas ofereceu para abocanhar o agente livre restrito Marcin Gortat do Orlando Magic.

O sonho para o “Martelo Polonês” iria se concretizar, jogar ao lado de Dirk Nowitzky e Jason Kidd, duas estrelas da NBA e o principal ter a chance de disputar a posição de pivô titular do Dallas, com grandes chances ser titular, já que o Dampier não vem agradando há muito tempo pelo lado do Texas, e no pior dos casos ser um reserva jogando mais de 20 minutos.

Para o Dallas um ótimo cenário trazer um pivô jovem, 25 anos, com um bom potencial de evolução, melhoraria muito seu garrafão além de dar uma cutucada no Dampier, “Olha se você não jogar bem, tem um cara que é a sua sombra”. Mas o sonho durou 7 dias, que é o tempo que o Time que possui o restricted free agent, tem para igualar a oferta.

Sem pensar muito o Orlando igualou a oferta, um ótimo negócio para o Orlando já que o time não tinha nenhum reserva para descansar o Dwight por 10 minutos. Provavelmente teria que pegar um pivô novato ou um veterano procurando uma graninha no mercado dos agentes livre pra ser o reserva do Superman.

Para o Gortat o sonho de jogar no Dallas virou o pesadelo de voltar para a Disney, não que ele seja ingrato com o time que o revelou para a NBA, mas ele sabe que em Orlando em nenhuma hipótese ele vai ser titular, e deve ganhar no máximo seus 12 minutos de jogo, média que ele tinha na temporada passada.

O agente de Gortat, Guy Zucker comentou sobre o dia em que Orlando igualou a oferta ”Gortar está definitivamente desapontado hoje” sobre a chance em Dallas ele disse: “Era a oportunidade para descobrir o quão bom ele pode ser”.

Dessa história pode se dizer que, nem sempre o dinheiro vale tudo. O quão motivado vai estar Gortat na reserva de Dwight Howard nessa nova temporada? E se pode prejudicar seu desenvolvimento do jogo, sua motivação? O relato do desapontamento em que está o pivô polonês mostra que o cara tem vontade de jogar, diferente de vários jogadores que com um bom salário se sentem felizes ao ficarem abanando a toalha no banco de reservas.

12 de julho de 2009

Dica de Leitura: Pistol Pete

Falando um pouquinho de história da NBA, sempre fiquei fascinado pelo nome Pistol Pete Maravich, não só pela força nominal como o pessoal do bolapresa diz, mas o que ele representava no passado. Foi por isso que eu comprei o livro Pete Maravich: The Authorized Biography of Pistol Pete, na amazon.com foi baratinho por volta de $10 dolares no começo do ano.

O livro conta toda a história dele desde a chegada dos avôs sérvios imigrantes aos Estados Unidos, passando pela o pai Press Maravich que foi jogador e também treinador de basquete, inclusive na universidade LSU, ele treinou o filho e também foi o grande incentivador de Pete para que se tornasse um jogador profissional.

Pete Maravich foi uma estrela na década de 70 na NBA, não só por ser um ótimo jogador mas também por seu estilo de cabelo e meias arriadas ao tenis. Segundo o livro o jogador que mais se aproximaria dele hoje em dia seria o Allen Iverson, só que o Pistol Pete era maior, tinha melhor aproveitamento nos arremessos e passava a bola como Magic Johnson.

Depois de lido o livro, levo comigo algumas certezas. O cara nasce com o talento, (descendente de sérvios nascido nos USA só podia ser bom jogador) mas a disciplina, vontade e treinamento de fundamentos e o que faz o cara se tornar um dos 50 maiores jogadores de todos os tempos.

Desde os Seis anos de idade o Pai obrigava Pete a treinar fundamentos, quique de bola, passes, arremessos então quando Pete chegou à universidade já estava pronto.

Quando chegou à NBA casou inveja nos jogadores do Atlanta Hawks, time que o draftou, por causa do seu salário alto, na época não existia limites de salários para os rookies, que podiam ganhar mais que um veterano. Os jogadores passaram a boicotar ele durante os jogos.

Outra coisa que me chamou a atenção era a vontade que ele tinha de ganhar um título na NBA, um anel era sua obsessão, trocaria todas as suas estatísticas por um título, mas esteve em times fracos no Atlanta, na recém inaugurada franquia New Orleans Jazz e por fim no Boston Celtics, que ele teria grandes chances de ser campeão se não tivesse se aposentado. O motivo ele pensou: “Ganho um título jogando poucos minutos, serei campeão sem contribuir. Será que isso vale à pena?” Ele preferiu não e o Celtics de Larry Bird foi campeão na temporada seguinte a ele se aposentar 1980/81.

Quando se aposentou entrou em depressão, pois só sabia jogar basquete e mais nada, mas encontrou em Jesus a salvação, e passou a fazer viagens pelos USA, divulgando sua conversão ao cristianismo.

Quis a vida que ele morresse jogando basquete numa quadra de uma igreja aos 40 anos de idade em 1988, devido a um problema no coração não possuía uma artéria e Pré Destinado que era conseguiu ser um dos maiores jogadores de todos os tempos do basquetebol com esse raro problema genético, até hoje os médicos não conseguem explicar como ele jogou em alto nível desse jeito, poderia ter morrido a qualquer momento.

Aos 25 anos ele disse essa frase a um repórter em relação a rotina estressante de 82 jogos da NBA, que já nos aos 70 era alvo de reclamação dos jogadores: “Eu não quero jogar 10 anos na NBA e depois morrer de ataque do coração aos 40”. Incrível como o destino quis que isso se tornasse verdadeiro.

Enfim o livro é em inglês, mas pra nós que acompanhamos o basquete é de fácil leitura, pois têm muitos jargões do esporte, você precisa só saber um pouquinho de inglês. Recomendo a todos que gostam de basquete e história.