12 de julho de 2009

Dica de Leitura: Pistol Pete

Falando um pouquinho de história da NBA, sempre fiquei fascinado pelo nome Pistol Pete Maravich, não só pela força nominal como o pessoal do bolapresa diz, mas o que ele representava no passado. Foi por isso que eu comprei o livro Pete Maravich: The Authorized Biography of Pistol Pete, na amazon.com foi baratinho por volta de $10 dolares no começo do ano.

O livro conta toda a história dele desde a chegada dos avôs sérvios imigrantes aos Estados Unidos, passando pela o pai Press Maravich que foi jogador e também treinador de basquete, inclusive na universidade LSU, ele treinou o filho e também foi o grande incentivador de Pete para que se tornasse um jogador profissional.

Pete Maravich foi uma estrela na década de 70 na NBA, não só por ser um ótimo jogador mas também por seu estilo de cabelo e meias arriadas ao tenis. Segundo o livro o jogador que mais se aproximaria dele hoje em dia seria o Allen Iverson, só que o Pistol Pete era maior, tinha melhor aproveitamento nos arremessos e passava a bola como Magic Johnson.

Depois de lido o livro, levo comigo algumas certezas. O cara nasce com o talento, (descendente de sérvios nascido nos USA só podia ser bom jogador) mas a disciplina, vontade e treinamento de fundamentos e o que faz o cara se tornar um dos 50 maiores jogadores de todos os tempos.

Desde os Seis anos de idade o Pai obrigava Pete a treinar fundamentos, quique de bola, passes, arremessos então quando Pete chegou à universidade já estava pronto.

Quando chegou à NBA casou inveja nos jogadores do Atlanta Hawks, time que o draftou, por causa do seu salário alto, na época não existia limites de salários para os rookies, que podiam ganhar mais que um veterano. Os jogadores passaram a boicotar ele durante os jogos.

Outra coisa que me chamou a atenção era a vontade que ele tinha de ganhar um título na NBA, um anel era sua obsessão, trocaria todas as suas estatísticas por um título, mas esteve em times fracos no Atlanta, na recém inaugurada franquia New Orleans Jazz e por fim no Boston Celtics, que ele teria grandes chances de ser campeão se não tivesse se aposentado. O motivo ele pensou: “Ganho um título jogando poucos minutos, serei campeão sem contribuir. Será que isso vale à pena?” Ele preferiu não e o Celtics de Larry Bird foi campeão na temporada seguinte a ele se aposentar 1980/81.

Quando se aposentou entrou em depressão, pois só sabia jogar basquete e mais nada, mas encontrou em Jesus a salvação, e passou a fazer viagens pelos USA, divulgando sua conversão ao cristianismo.

Quis a vida que ele morresse jogando basquete numa quadra de uma igreja aos 40 anos de idade em 1988, devido a um problema no coração não possuía uma artéria e Pré Destinado que era conseguiu ser um dos maiores jogadores de todos os tempos do basquetebol com esse raro problema genético, até hoje os médicos não conseguem explicar como ele jogou em alto nível desse jeito, poderia ter morrido a qualquer momento.

Aos 25 anos ele disse essa frase a um repórter em relação a rotina estressante de 82 jogos da NBA, que já nos aos 70 era alvo de reclamação dos jogadores: “Eu não quero jogar 10 anos na NBA e depois morrer de ataque do coração aos 40”. Incrível como o destino quis que isso se tornasse verdadeiro.

Enfim o livro é em inglês, mas pra nós que acompanhamos o basquete é de fácil leitura, pois têm muitos jargões do esporte, você precisa só saber um pouquinho de inglês. Recomendo a todos que gostam de basquete e história.

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